Após algum tempo resolvi hoje entrar no msn. Haviam tantos amigos por lá, alguns fazem parte do mundo real, mas pouco os vejo e ainda aqueles amigos, virtuais-reais, que encontra via internet.
Uma dessas amizades começou via facebook (maravilhoso), na época era apenas uma amizade da qual servia para limpar a fazenda, arar a terra, cuidar dos animais etc. Essa fazenda conhecida como Farmville, serviu de ponto de encontro para conhecer uma pessoa maravilhosa que se chama Regiane, ela logo se tornou uma amiga, não somente amiga, tornou-se minha corretora de seguro, com muito orgulho falo isso, pois tenho profunda segurança e confiança nela. E foi no papo de hoje a tarde que abordamos esse assunto.
Cada dia que passa vejo como as amizades tornaram-se técnicas, funcionais, tornando-se certas vezes em produto, com prazo de validade.
Nosso pai Aurélio definiu amizade como: "Sentimento fiel de afeição, apreço, estima ou ternura entre pessoas." Em outras palavras há uma total integração entre as partes com o intuito de ajudar, compartilhar confissões procurando tornar a vida do próximo mais feliz. É como dizia Aristóteles: "A amizade é uma alma com dois corpos."
A atualidade nos proporcionou, entre outros males, a perda desse significado. As amizades tornaram-se superficiais, um jogo de interesse - é bom ser amigo daquela pessoa, pois ela pode lhe ajudar no que precisar, é bom ter aquele fulano por perto, ele é influente e pode lhe favorecer em alguma situação, virou realmente algo útil para qualquer malandro que se preste. Perdemos a capacidade de olhar para o próximo com amor, respeito e atenção. Estamos perdendo o convívio com o próximo, para ficarmos cada dia mais individuais, egocêntricos, votamos nosso sentimento de amizade aos iPods, smartphones, netbooks etc.
Fico triste ao ver o quanto as pessoas estão perdendo os valores sentimentais, transformando tudo no fácil, no prático, no reciclável.
A amizade tornou-se superficial e o amor, fast food.
E então, caro leitor, onde você guarda a amizade?